Jovens talentos italianos: conheça a nova geração que brilha na Velha Bota

Nos últimos anos, a base da Azzurra voltou a produzir jogadores de altíssimo nível. Nesta matéria, destacamos dez jovens italianos (mais uma menção especial) que vêm chamando atenção nas Séries A e B da Velha Bota, analisando suas características, trajetórias e perspectivas para o futuro.

Davide Bartesaghi (Milan) – Média Sofascore: 6,65 – Nascido em 2005

Lateral-esquerdo moderno, dono de um físico de zagueiro (1,93 m) e excelente disciplina tática, Bartesaghi é um dos nomes mais promissores das categorias de base do Milan. O clube acredita tanto no garoto que já renovou seu contrato até 2030.

Com atuações seguras também na seleção italiana sub-21, ele demonstra maturidade e solidez defensiva. Pode sair por empréstimo em busca de mais minutos, mas o futuro parece mesmo ser rubro-negro.

Francesco Camarda (Lecce, emprestado pelo Milan) – Média: 6,57 – Nascido em 2008

“O escolhido.” É assim que a Itália já se refere a Camarda, de apenas 17 anos. O atacante quebrou vários recordes: é o artilheiro mais jovem da história da seleção sub-21, com três gols em apenas 144 minutos, e balançou as redes pela primeira vez na Série A com apenas 201 minutos em campo.

Seu faro de gol é impressionante, mas o que mais chama atenção é a frieza. Joga como veterano, sem exageros nem medo. O Milan o observa de longe, sabendo que cada minuto em campo pelo Lecce é investimento no futuro do ataque da Azzurra.

Cesare Casadei (Torino) – Média: 6,53 – Nascido em 2003

Vice-campeão mundial sub-20 em 2023, eleito melhor jogador e artilheiro do torneio (com sete gols), Casadei tenta retomar o brilho agora no Torino, depois de passagens por Chelsea e Leicester.

Meia que pisa na área, vigoroso e com ótima leitura de jogo, viu sua evolução travar em meio à fase instável do clube de Turim. Falta ritmo e confiança para reencontrar o nível que o levou ao topo da base italiana.

Francesco Pio Esposito (Inter de Milão) – Média: 6,55 – Nascido em 2005

Força física, fome de gol e faro de artilheiro. Pio Esposito surge como o novo camisa 9 da Inter. Após brilhar no Spezia, com 19 gols na última temporada, estreou e marcou na Série A, entrando na briga pelo Golden Boy 2025.

A torcida o compara a Bobo Vieri: potência, instinto e entrega total. Além do gol, também mostra visão de jogo e espírito coletivo.

Pio Esposito, Italia

Niccolò Fortini (Fiorentina) – Média: 7,00 – Nascido em 2006

Com apenas 77 minutos na Série A, Fortini já conseguiu se destacar. Contra o Como e a Roma, exibiu velocidade, técnica e personalidade.

Zagueiro ou ala, é uma das joias mais interessantes da Fiorentina. Já chamado para a seleção sub-21, depende apenas de mais sequência para se firmar de vez.

Simone Pafundi (Sampdoria, emprestado pela Udinese) – Média: 6,94 – Nascido em 2006

Talvez o talento técnico mais puro da nova geração. Pafundi é aquele clássico camisa 10, dono de visão de jogo, drible curto e passes precisos.

Apadrinhado por Roberto Mancini, que o fez estrear na seleção principal ainda adolescente, viu lesões e irregularidade frearem sua ascensão. Agora na Sampdoria, reencontra minutos e confiança. Se o físico ajudar, pode voltar a ser o “menino de ouro” que todos esperavam.

Simone Pafundi, Sampdoria

Marco Palestra (Cagliari, emprestado pela Atalanta) – Média: 6,92 – Nascido em 2005

Peça-chave no bom início do Cagliari, Palestra é o protótipo do ponta moderno: corre, dribla, recompõe e cumpre várias funções táticas.

O técnico Pisacane confia cegamente nele, e a Atalanta observa atentamente sua evolução. O salto definitivo parece questão de tempo.

Niccolò Pisilli (Roma) – Média: 6,80 – Nascido em 2004

Volante técnico e equilibrado, Pisilli brilhou na vitória da Itália sub-21 sobre a Suécia por 4 a 0, com uma atuação de muita classe e precisão nos passes.

Na Roma, enfrenta concorrência pesada, mas sempre entrega quando entra. Falta apenas mais rodagem para se consolidar como opção frequente no elenco principal.

Pisilli, Italia

Matteo Prati (Cagliari) – Média: 6,70 – Nascido em 2003

Vice-campeão mundial sub-20 em 2023, Prati se firmou no meio-campo do Cagliari como um jogador tático, dinâmico e muito inteligente.

Não chama atenção pelos holofotes, mas é o tipo de atleta que dá equilíbrio e consistência. Algo que todo treinador adora ter no elenco.

Filippo Terracciano (Cremonese, emprestado pelo Milan) – Média: 7,08 – Nascido em 2003

Após um ano difícil no Milan, Terracciano reencontrou o bom futebol na Cremonese, sendo um dos jovens italianos de melhor desempenho nesta temporada.

Versátil e técnico, pode atuar tanto na lateral quanto no meio. 2025 pode marcar sua virada de chave, com retorno ao Milan em outro patamar.

Menção especial:

Honest Ahanor (Atalanta) – Média: 6,97 – Nascido em 2008

Ainda sem cidadania italiana, mas já tratado como um verdadeiro azzurri. Ahanor é uma das maiores promessas da Série A, dono de aceleração e potência incomuns para a idade.

Foi o primeiro atleta nascido em 2008 a iniciar uma partida na Série A (contra a Juventus) e o mais jovem italiano a estrear na Champions League (Atalanta x Club Brugge). Quando a naturalização sair, a seleção de base italiana o receberá de braços abertos.

Honest Ahanor, Atalanta

O futuro da Itália já começou

Essa nova geração de talentos traz fôlego novo ao futebol italiano: jogadores técnicos, versáteis, com personalidade e fome de vitória. Alguns já parecem prontos para o cenário internacional; outros ainda precisam de confiança para florescer.

A verdadeira prova será a regularidade, transformando talento em rendimento. Mas, ao que tudo indica, a Itália enfim voltou a acreditar e investir em sua base.