ATP Next Gen Finals: o palco onde nascem as futuras estrelas

Desde que surgiu, em 2017, o ATP Next Gen Finals virou uma verdadeira vitrine para a nova geração do tênis mundial. É ali que os moleques mostram se têm casca para o circuito grande.
Ao todo, 47 jogadores já passaram pelo torneio (com exceção de 2020), e os números não mentem: o evento é um termômetro fortíssimo de sucesso. Nada menos que 16 participantes — cerca de 34% de todos os jogadores do Next Gen — já chegaram ao Top 10 da ATP em algum momento da carreira.
A competição é um laboratório de ideias. Reúne os oito melhores tenistas de até 20 anos, em formato de fase de grupos (round-robin), com partidas disputadas em melhor de cinco sets curtos, até quatro games.
As regras fogem do padrão: sem vantagem, coaching em quadra via headset, regra do no-let no saque e uso pesado de estatísticas avançadas. O torneio também é pioneiro nos chamados Match Insights, com métricas como “In Attack”, “Conversion Score” e “Steal Score”, que ajudam a destrinchar o jogo além do placar.
Zebras que marcaram o ATP Next Gen Finals
Historicamente, o ATP Next Gen Finals é terreno fértil para zebras de impacto e explosão de talentos.
Em 2019, o então cabeça 8 Jannik Sinner, jogando em casa como wild card, bateu o favorito Alex de Minaur e levantou o troféu. Foi o primeiro grande sinal do italiano, que depois virou número 1 do mundo, venceu Grand Slams e também o ATP Finals.
Algo parecido aconteceu em 2024. O brasileiro João Fonseca, apenas o 145º do ranking e também oitavo cabeça de chave, fez história ao se tornar o campeão de ranking mais baixo do torneio. A arrancada não foi fogo de palha: em menos de um ano, ele embalou no circuito e alcançou o melhor ranking da carreira, o 24º do mundo.
O talento salta aos olhos, mas a expectativa agora é vê-lo atingir todo o seu potencial — quem sabe formando um novo “Big 3” ao lado de Sinner e Alcaraz.

Datas-chave e o elenco de 2025
O sorteio acontece em 14 de dezembro. A fase de grupos rola entre 17 e 19 de dezembro, com a grande final marcada para 21 de dezembro.
Quem chega liderando a corrida para Jeddah é o americano Learner Tien, de apenas 19 anos, finalista da edição passada e recém-campeão do ATP de Metz, seu primeiro título no circuito.
O elenco de 2025 está recheado de promessas: o belga Alexander Blockx (20), o croata Dino Prižmić (20), o espanhol Martin Landaluce (19), o norueguês Nicolai Budkov Kjaer (19), o americano Nishesh Basavareddy (20), o espanhol Rafael Jodar (19) e o alemão Justin Engel (18), todos em alta após bons resultados em Challengers e ITFs.
As principais baixas por lesão são João Fonseca (nº 24 do mundo) e Jakub Mensik (nº 19), campeão de um ATP 1000 em Miami. O atual campeão é o brasileiro, que venceu Learner Tien na final do ano passado.
Já o tcheco buscava redenção depois de um desempenho desastroso em 2024, quando perdeu os três jogos da fase de grupos.
Favorito em Jeddah: Learner Tien
Learner Tien desponta como o nome a ser batido. Finalista em 2024, ele chega embalado e com provas recentes de que já consegue bater de frente com a elite da ATP.
O jovem conquistou seu primeiro título ATP em Metz, resultado que o colocou definitivamente no radar como um dos principais talentos da nova geração. Pelo nível e pela experiência no circuito grande, entra como favorito claro, ainda mais diante de adversários com menos quilometragem na ATP.

A temporada 2025 foi de virada de chave. Tien começou o ano furando o quali do Australian Open e chegando à quarta rodada, com direito a vitória marcante sobre o número 5 do mundo, Daniil Medvedev. Depois, bateu Alexander Zverev, então nº 2, em Acapulco — prova definitiva de que não era acaso.
Após um tropeço no Sunshine Double (quedas precoces em Indian Wells e Miami), o americano retomou o embalo no meio do ano. Chegou às oitavas de final dos Masters de Toronto e Xangai e disputou sua primeira final de ATP 500 em Pequim, onde acabou superado por Sinner.

Crescimento contra grandes
O fechamento de temporada veio com chave de ouro: título em Metz. Apesar de campanhas irregulares nos Slams fora da Austrália, seu retrospecto em Masters 1000 (9–8) confirmou a consolidação no circuito.
Tien já mostrou que cresce contra os grandes: soma vitórias sobre Medvedev, Zverev, Ben Shelton, Andrey Rublev e Lorenzo Musetti, com um respeitável 5–3 contra jogadores do Top 10.
O ponto de atenção é a regularidade semana a semana. O calendário pesado expõe que o saque e o físico ainda estão em evolução. Mesmo assim, seu biotipo lembra o de Alex de Minaur no início da carreira, prova de que tamanho não impede Top 10.
Frio nos pontos grandes e com um forehand canhoto traiçoeiro, que muda direção e velocidade em cima da hora, Tien tem tudo para ir longe. Se ganhar corpo físico, consistência e melhorar o saque, o Top 10 deixa de ser sonho distante.

Os challengers cascudos: Prižmić e Basavareddy
A Croácia, celeiro histórico de talentos como Ivanisević, Čilić e Ljubičić, apresenta sua nova joia: Dino Prižmić (nº 128 do mundo).
Campeão juvenil de Roland Garros em 2023, ele virou apenas o segundo croata adolescente, ao lado de Mario Ančić, a conquistar três títulos de Challenger. Em 2024, chamou atenção ao fazer jogo duro contra Novak Djokovic no Australian Open. Desde então, seguiu evoluindo, com mais dois títulos de Challenger e outras finais.

Em 2025, começou a beliscar vitórias no nível ATP, com destaque para as quartas de final em Umag, jogando em casa. Chegou embalado ao US Open, perdeu para Rublev em sets diretos, mas fez jogo duríssimo. Uma lesão freou o ritmo depois, mas agora ele chega inteiro para o Next Gen.
Comparado a Tien, Prižmić mostra mais constância, refletida em uma taxa de vitórias superior (72,2% contra 60,9%). Embora muitos triunfos venham abaixo do nível ATP 250, o americano ainda é o nome mais consolidado no circuito principal.

Em estilo de jogo, Tien é mais defensivo, com bola funda e muito topspin, além de ser fortíssimo em tiebreaks (86% de aproveitamento). Prižmić aposta na regularidade ponto a ponto, com ótimo preparo físico e devolução pesada.
O confronto direto ainda é incógnita, já que o croata enfrentou menos jogadores do Top 50. No grupo com Engel, Blockx e Basavareddy, ele pode cruzar com Tien nas fases finais.
Basavareddy, a possível surpresa
Nishesh Basavareddy (nº 167), em sua segunda participação seguida no ATP Next Gen Finals, surge como azarão perigoso.
No ano passado, ele ainda conciliava o tênis com a universidade em Stanford. Em 2025, deu um salto enorme, com destaque para a semifinal no ATP 250 de Auckland, mostrando que já consegue competir de igual para igual no circuito.

O resultado o colocou no Top 100, alcançando o melhor ranking da carreira (99º). Fora da quadra, também evoluiu, passando a trabalhar com Gilles Cervara, técnico conhecido pelo longo trabalho com Daniil Medvedev.

Com esse respaldo técnico e capacidade de surpreender, Basavareddy pode aprontar. O duelo direto com Prižmić deve ser decisivo para definir quem avança.
Do domínio no Challenger ao teste de fogo na ATP
Para Prižmić e Basavareddy, 2025 foi um choque de realidade. Ganhar no Challenger dá moral, mas a ATP cobra caro: menos margem de erro, mais intensidade e consistência absurda.
Prižmić tem base sólida, mas sentiu o peso de enfrentar devolvedores de elite. Basavareddy provou que pertence ao nível ATP, mas precisa transformar lampejos em padrão.
O formato do torneio é cruel: quadra rápida, sets curtos, pressão constante e zero espaço para recuperação. É tudo ou nada.
Se quiserem ir longe e bater de frente com Learner Tien, vão precisar de mental forte, sangue frio e regularidade de jogador grande.

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Ao todo, 47 jogadores já passaram pelo torneio (com exceção de 2020), e os números não mentem: o evento é um termômetro fortíssimo de sucesso. Nada menos que 16 participantes — cerca de 34% de todos os jogadores do Next Gen — já chegaram ao Top 10 da ATP em algum momento da carreira.
A competição é um laboratório de ideias. Reúne os oito melhores tenistas de até 20 anos, em formato de fase de grupos (round-robin), com partidas disputadas em melhor de cinco sets curtos, até quatro games.
As regras fogem do padrão: sem vantagem, coaching em quadra via headset, regra do no-let no saque e uso pesado de estatísticas avançadas. O torneio também é pioneiro nos chamados Match Insights, com métricas como “In Attack”, “Conversion Score” e “Steal Score”, que ajudam a destrinchar o jogo além do placar.
Zebras que marcaram o ATP Next Gen Finals
Historicamente, o ATP Next Gen Finals é terreno fértil para zebras de impacto e explosão de talentos.
Em 2019, o então cabeça 8 Jannik Sinner, jogando em casa como wild card, bateu o favorito Alex de Minaur e levantou o troféu. Foi o primeiro grande sinal do italiano, que depois virou número 1 do mundo, venceu Grand Slams e também o ATP Finals.
Algo parecido aconteceu em 2024. O brasileiro João Fonseca, apenas o 145º do ranking e também oitavo cabeça de chave, fez história ao se tornar o campeão de ranking mais baixo do torneio. A arrancada não foi fogo de palha: em menos de um ano, ele embalou no circuito e alcançou o melhor ranking da carreira, o 24º do mundo.
O talento salta aos olhos, mas a expectativa agora é vê-lo atingir todo o seu potencial — quem sabe formando um novo “Big 3” ao lado de Sinner e Alcaraz.

Datas-chave e o elenco de 2025
O sorteio acontece em 14 de dezembro. A fase de grupos rola entre 17 e 19 de dezembro, com a grande final marcada para 21 de dezembro.
Quem chega liderando a corrida para Jeddah é o americano Learner Tien, de apenas 19 anos, finalista da edição passada e recém-campeão do ATP de Metz, seu primeiro título no circuito.
O elenco de 2025 está recheado de promessas: o belga Alexander Blockx (20), o croata Dino Prižmić (20), o espanhol Martin Landaluce (19), o norueguês Nicolai Budkov Kjaer (19), o americano Nishesh Basavareddy (20), o espanhol Rafael Jodar (19) e o alemão Justin Engel (18), todos em alta após bons resultados em Challengers e ITFs.
As principais baixas por lesão são João Fonseca (nº 24 do mundo) e Jakub Mensik (nº 19), campeão de um ATP 1000 em Miami. O atual campeão é o brasileiro, que venceu Learner Tien na final do ano passado.
Já o tcheco buscava redenção depois de um desempenho desastroso em 2024, quando perdeu os três jogos da fase de grupos.
Favorito em Jeddah: Learner Tien
Learner Tien desponta como o nome a ser batido. Finalista em 2024, ele chega embalado e com provas recentes de que já consegue bater de frente com a elite da ATP.
O jovem conquistou seu primeiro título ATP em Metz, resultado que o colocou definitivamente no radar como um dos principais talentos da nova geração. Pelo nível e pela experiência no circuito grande, entra como favorito claro, ainda mais diante de adversários com menos quilometragem na ATP.

A temporada 2025 foi de virada de chave. Tien começou o ano furando o quali do Australian Open e chegando à quarta rodada, com direito a vitória marcante sobre o número 5 do mundo, Daniil Medvedev. Depois, bateu Alexander Zverev, então nº 2, em Acapulco — prova definitiva de que não era acaso.
Após um tropeço no Sunshine Double (quedas precoces em Indian Wells e Miami), o americano retomou o embalo no meio do ano. Chegou às oitavas de final dos Masters de Toronto e Xangai e disputou sua primeira final de ATP 500 em Pequim, onde acabou superado por Sinner.

Crescimento contra grandes
O fechamento de temporada veio com chave de ouro: título em Metz. Apesar de campanhas irregulares nos Slams fora da Austrália, seu retrospecto em Masters 1000 (9–8) confirmou a consolidação no circuito.
Tien já mostrou que cresce contra os grandes: soma vitórias sobre Medvedev, Zverev, Ben Shelton, Andrey Rublev e Lorenzo Musetti, com um respeitável 5–3 contra jogadores do Top 10.
O ponto de atenção é a regularidade semana a semana. O calendário pesado expõe que o saque e o físico ainda estão em evolução. Mesmo assim, seu biotipo lembra o de Alex de Minaur no início da carreira, prova de que tamanho não impede Top 10.
Frio nos pontos grandes e com um forehand canhoto traiçoeiro, que muda direção e velocidade em cima da hora, Tien tem tudo para ir longe. Se ganhar corpo físico, consistência e melhorar o saque, o Top 10 deixa de ser sonho distante.

Os challengers cascudos: Prižmić e Basavareddy
A Croácia, celeiro histórico de talentos como Ivanisević, Čilić e Ljubičić, apresenta sua nova joia: Dino Prižmić (nº 128 do mundo).
Campeão juvenil de Roland Garros em 2023, ele virou apenas o segundo croata adolescente, ao lado de Mario Ančić, a conquistar três títulos de Challenger. Em 2024, chamou atenção ao fazer jogo duro contra Novak Djokovic no Australian Open. Desde então, seguiu evoluindo, com mais dois títulos de Challenger e outras finais.

Em 2025, começou a beliscar vitórias no nível ATP, com destaque para as quartas de final em Umag, jogando em casa. Chegou embalado ao US Open, perdeu para Rublev em sets diretos, mas fez jogo duríssimo. Uma lesão freou o ritmo depois, mas agora ele chega inteiro para o Next Gen.
Comparado a Tien, Prižmić mostra mais constância, refletida em uma taxa de vitórias superior (72,2% contra 60,9%). Embora muitos triunfos venham abaixo do nível ATP 250, o americano ainda é o nome mais consolidado no circuito principal.

Em estilo de jogo, Tien é mais defensivo, com bola funda e muito topspin, além de ser fortíssimo em tiebreaks (86% de aproveitamento). Prižmić aposta na regularidade ponto a ponto, com ótimo preparo físico e devolução pesada.
O confronto direto ainda é incógnita, já que o croata enfrentou menos jogadores do Top 50. No grupo com Engel, Blockx e Basavareddy, ele pode cruzar com Tien nas fases finais.
Basavareddy, a possível surpresa
Nishesh Basavareddy (nº 167), em sua segunda participação seguida no ATP Next Gen Finals, surge como azarão perigoso.
No ano passado, ele ainda conciliava o tênis com a universidade em Stanford. Em 2025, deu um salto enorme, com destaque para a semifinal no ATP 250 de Auckland, mostrando que já consegue competir de igual para igual no circuito.

O resultado o colocou no Top 100, alcançando o melhor ranking da carreira (99º). Fora da quadra, também evoluiu, passando a trabalhar com Gilles Cervara, técnico conhecido pelo longo trabalho com Daniil Medvedev.

Com esse respaldo técnico e capacidade de surpreender, Basavareddy pode aprontar. O duelo direto com Prižmić deve ser decisivo para definir quem avança.
Do domínio no Challenger ao teste de fogo na ATP
Para Prižmić e Basavareddy, 2025 foi um choque de realidade. Ganhar no Challenger dá moral, mas a ATP cobra caro: menos margem de erro, mais intensidade e consistência absurda.
Prižmić tem base sólida, mas sentiu o peso de enfrentar devolvedores de elite. Basavareddy provou que pertence ao nível ATP, mas precisa transformar lampejos em padrão.
O formato do torneio é cruel: quadra rápida, sets curtos, pressão constante e zero espaço para recuperação. É tudo ou nada.
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