Ancelotti na Seleção Brasileira: análise dos seis primeiros jogos

Desde que assumiu o comando da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti tem vivido uma montanha-russa de emoções e aprendizados. O técnico italiano enfrenta o desafio de transformar um grupo talentoso em uma equipe competitiva e consistente para disputar a Copa do Mundo de 2026.
Após seis jogos (quatro pelas Eliminatórias e dois amistosos, com três vitórias, um empate e duas derrotas), é possível fazer uma análise do trabalho de Ancelotti, os avanços conquistados e os desafios que ele precisa enfrentar.
Defesa sólida e identidade em construção
A primeira atitude de Ancelotti foi melhorar a organização defensiva da Seleção, que teve três técnicos após a disputa da Copa de 2022. E nenhum deles conseguiu algum avanço nesse quesito.
E na estreia do italiano, o Brasil mostrou uma postura segura, compacta, conseguindo sair ileso diante do Equador fora de casa (0 a 0). No entanto, criou pouco, mostrou-se tímido ofensivamente, o que não agradou torcida e imprensa.
Contra o Paraguai, em São Paulo (1 a 0), o time manteve essa estrutura defensiva, mas trouxe mais agressividade ofensiva. A utilização de um esquema com quatro atacantes deu mais potência ao ataque, exigindo dos adversários uma reação constante. O gol de Vinicius Junior confirmou que o time consegue ser letal quando pressiona.

No Maracanã, contra o Chile, o otimismo cresceu com a atuação dominante do Brasil: 3 a 0 para deleite dos torcedores. Paquetá, Luiz Henrique e Bruno Guimarães saíram do banco e se destacaram, mostrando a qualidade do elenco. Ancelotti apostou em trocas que mantiveram o ritmo alto.
+ Estêvão ou Endrick: quem chega à Copa de 2026?
Fragilidade e “apagão”
Na quarta partida, o primeiro tropeço: derrota por 1 a 0 para a Bolívia, fora de casa. A altitude de 4.100m do estádio El Alto foi uma novidade na carreira de Ancelotti, que viu sua equipe ter o desempenho físico comprometido. De toda forma, o Brasil pecou pela limitação ofensiva e demonstrou uma fragilidade: longe dos seus domínios, o time tem menos controle e tende a recuar demais ao longo do jogo.
Isso ficou ainda mais claro no amistoso contra o Japão. O Brasil começou muito bem, abriu 2 a 0, mas viu o adversário reverter o placar no segundo tempo em um apagão que lembrou momentos terríveis da Seleção nas duas últimas Copas.
Erros individuais e lapsos táticos custaram caro. É algo que Ancelotti e sua equipe terão de trabalhar com atenção, especialmente em jogos de longa duração ou em condições adversas.
Antes da derrota para o Japão, a goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul foi o melhor momento até aqui. O Brasil mostrou repertórios ofensivos variados.
Com jogadas bem desenhadas, marcação alta, movimentação de jogadores (como Estêvão e Rodrygo). E, claro, segurança defensiva. Foi um sinal de que o time pode ser mais do que só solidez: pode misturar qualidade, criatividade e pressão.

Testes e estilo tático “camaleônico”
Ao todo, Ancelotti convocou 45 atletas diferentes nessas seis partidas. Destes, 39 entraram em campo. E algumas novidades chamaram a atenção. Caso de Alexsandro, zagueiro do Lille, foi apontado pela imprensa como “uma descoberta”.
Segundo Ancelotti, os jogos contra Japão e Coreia do Sul foram testes. Assim como os dois próximos, contra Senegal e Tunísia, na próxima Data Fifa de novembro. A ideia do treinador é observar o máximo possível em 2025, para no próximo ano já ter uma base definida.
Uma marca de Ancelotti é a flexibilidade tática. E nesses seis primeiros jogos isso ficou evidente. Ele já utilizou ao menos três esquemas diferentes em pouco mais de dez dias no início do trabalho: 4-3-3, 4-2-3-1 e até um 4-2-4 em certas ocasiões.
O técnico parece buscar um ponto de equilíbrio: um time que defenda bem (não ser vazado), que pressione, que ataque com volume, mas que também saiba controlar o jogo, especialmente quando adversários oferecem resistência ou em condições adversas.
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O que falta para consolidar
Apesar dos bons sinais, há lacunas ainda no trabalho de Ancelotti. O time precisa de consistência fora de casa: o Japão e a Bolívia mostraram que o time ainda se desconecta, perde intensidade ou se preocupa demais em não sofrer gols em vez de buscar o resultado.
Outro ponto é saber resistir mentalmente nos momentos chave: quando o jogo exige paciência ou quando há pressão ofensiva adversária. Além disso, mais criatividade ofensiva em jogos mais fechados: contra o Equador, por exemplo, faltou fluidez ofensiva real.
Diante do Japão, após o time sofrer a virada, também faltou poder de reação. Variação tática é bom, mas precisa vir acompanhada de mais soluções ofensivas em espaços limitados.

A tendência é melhorar
A vaga para a Copa do Mundo de 2026 já está garantida, algo que traz tranquilidade para que o técnico faça seus experimentos, ajustes táticos e teste atletas.
A jornada de Ancelotti ainda está no começo, mas bem encaminhada e com tendência de melhorar. O italiano mostrou capacidade de impulsionar o time para jogos de qualidade, de surpreender e de impor um padrão competitivo. Se conseguir resolver os problemas, o Brasil poderá entrar na Copa do Mundo de 2026 com expectativa real de brigar pelo título.
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Após seis jogos (quatro pelas Eliminatórias e dois amistosos, com três vitórias, um empate e duas derrotas), é possível fazer uma análise do trabalho de Ancelotti, os avanços conquistados e os desafios que ele precisa enfrentar.
Defesa sólida e identidade em construção
A primeira atitude de Ancelotti foi melhorar a organização defensiva da Seleção, que teve três técnicos após a disputa da Copa de 2022. E nenhum deles conseguiu algum avanço nesse quesito.
E na estreia do italiano, o Brasil mostrou uma postura segura, compacta, conseguindo sair ileso diante do Equador fora de casa (0 a 0). No entanto, criou pouco, mostrou-se tímido ofensivamente, o que não agradou torcida e imprensa.
Contra o Paraguai, em São Paulo (1 a 0), o time manteve essa estrutura defensiva, mas trouxe mais agressividade ofensiva. A utilização de um esquema com quatro atacantes deu mais potência ao ataque, exigindo dos adversários uma reação constante. O gol de Vinicius Junior confirmou que o time consegue ser letal quando pressiona.

No Maracanã, contra o Chile, o otimismo cresceu com a atuação dominante do Brasil: 3 a 0 para deleite dos torcedores. Paquetá, Luiz Henrique e Bruno Guimarães saíram do banco e se destacaram, mostrando a qualidade do elenco. Ancelotti apostou em trocas que mantiveram o ritmo alto.
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Fragilidade e “apagão”
Na quarta partida, o primeiro tropeço: derrota por 1 a 0 para a Bolívia, fora de casa. A altitude de 4.100m do estádio El Alto foi uma novidade na carreira de Ancelotti, que viu sua equipe ter o desempenho físico comprometido. De toda forma, o Brasil pecou pela limitação ofensiva e demonstrou uma fragilidade: longe dos seus domínios, o time tem menos controle e tende a recuar demais ao longo do jogo.
Isso ficou ainda mais claro no amistoso contra o Japão. O Brasil começou muito bem, abriu 2 a 0, mas viu o adversário reverter o placar no segundo tempo em um apagão que lembrou momentos terríveis da Seleção nas duas últimas Copas.
Erros individuais e lapsos táticos custaram caro. É algo que Ancelotti e sua equipe terão de trabalhar com atenção, especialmente em jogos de longa duração ou em condições adversas.
Antes da derrota para o Japão, a goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul foi o melhor momento até aqui. O Brasil mostrou repertórios ofensivos variados.
Com jogadas bem desenhadas, marcação alta, movimentação de jogadores (como Estêvão e Rodrygo). E, claro, segurança defensiva. Foi um sinal de que o time pode ser mais do que só solidez: pode misturar qualidade, criatividade e pressão.

Testes e estilo tático “camaleônico”
Ao todo, Ancelotti convocou 45 atletas diferentes nessas seis partidas. Destes, 39 entraram em campo. E algumas novidades chamaram a atenção. Caso de Alexsandro, zagueiro do Lille, foi apontado pela imprensa como “uma descoberta”.
Segundo Ancelotti, os jogos contra Japão e Coreia do Sul foram testes. Assim como os dois próximos, contra Senegal e Tunísia, na próxima Data Fifa de novembro. A ideia do treinador é observar o máximo possível em 2025, para no próximo ano já ter uma base definida.
Uma marca de Ancelotti é a flexibilidade tática. E nesses seis primeiros jogos isso ficou evidente. Ele já utilizou ao menos três esquemas diferentes em pouco mais de dez dias no início do trabalho: 4-3-3, 4-2-3-1 e até um 4-2-4 em certas ocasiões.
O técnico parece buscar um ponto de equilíbrio: um time que defenda bem (não ser vazado), que pressione, que ataque com volume, mas que também saiba controlar o jogo, especialmente quando adversários oferecem resistência ou em condições adversas.
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O que falta para consolidar
Apesar dos bons sinais, há lacunas ainda no trabalho de Ancelotti. O time precisa de consistência fora de casa: o Japão e a Bolívia mostraram que o time ainda se desconecta, perde intensidade ou se preocupa demais em não sofrer gols em vez de buscar o resultado.
Outro ponto é saber resistir mentalmente nos momentos chave: quando o jogo exige paciência ou quando há pressão ofensiva adversária. Além disso, mais criatividade ofensiva em jogos mais fechados: contra o Equador, por exemplo, faltou fluidez ofensiva real.
Diante do Japão, após o time sofrer a virada, também faltou poder de reação. Variação tática é bom, mas precisa vir acompanhada de mais soluções ofensivas em espaços limitados.

A tendência é melhorar
A vaga para a Copa do Mundo de 2026 já está garantida, algo que traz tranquilidade para que o técnico faça seus experimentos, ajustes táticos e teste atletas.
A jornada de Ancelotti ainda está no começo, mas bem encaminhada e com tendência de melhorar. O italiano mostrou capacidade de impulsionar o time para jogos de qualidade, de surpreender e de impor um padrão competitivo. Se conseguir resolver os problemas, o Brasil poderá entrar na Copa do Mundo de 2026 com expectativa real de brigar pelo título.
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